Passos pela calçada.Uns mais rápidos, outros nem tanto.Uma velhinha de coluna meio torta carrega uma bengala que nem toca o chão.Outro, agachado, procura moedas caídas no calçadão.A criança segura a mão de outra criança - esta, grande - e leva seu dedo até a boca mantendo fixo o olhar na propaganda de sorvetes.
De repente eu me surpreendo: tem um cara sentado na calçada.Ele olha o nada.Ele olha o nada? Será que pensa no tempo que o tempo levou, na vida que nunca mais é, ou foi, ou nem sei mais onde está o aqui.As barreiras entre o cotidiano e sua dilatação, entre o que é comum e o que é não, diluem-se em vão: é meu olhar iluminando o corriqueiro e transformando-o em surpresa.
Acordem ! Acordem o olhar pra beleza da feiúra e para a feiúra da beleza !
De repente eu me surpreendo: tem um cara sentado na calçada.Ele olha o nada.Ele olha o nada? Será que pensa no tempo que o tempo levou, na vida que nunca mais é, ou foi, ou nem sei mais onde está o aqui.As barreiras entre o cotidiano e sua dilatação, entre o que é comum e o que é não, diluem-se em vão: é meu olhar iluminando o corriqueiro e transformando-o em surpresa.
Acordem ! Acordem o olhar pra beleza da feiúra e para a feiúra da beleza !
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