sábado, 10 de julho de 2010

As palavras e o tempo

 

Apenas a ação é viva mas só as palavras permanecem.

Eugenio Barba

A história do teatro no nosso século não se limita à história dos espetáculos. Basta apenas confrontar o conteúdo de qualquer livro de história com o que é encontrado nas crônicas da época para verificar como grande parte do iceberg do teatro está sob a historiografia.


Fabrizio Cruciani

 

O papel do historiador é o de tentar plasmar em letra aquilo que, antes, fora ação.Constitui, portanto, uma tarefa em constante construção, na medida em que a palavra, ainda que permanente, possui um que de perecibilidade.Ela esta sujeita em sua aparente imutabilidade à força do tempo, tal qual o concreto, a rocha que transforma-se silenciosamente.

A leitura dos textos diversos que tratam da história do teatro em suas mais distintas perspectivas transparece algo de indizível: aquilo que fora o antes, o tempo que não retorna, mas que afirma-se – passado no presente – através dos rastros daqueles que por aqui caminharam.Podemos assim traçar nosso próprio caminho sem perder de vista o percurso percorrido pelos que aqui já estiveram.

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