Recentemente eu postei o vídeo acima no facebook. É o video-clipe da música "Have You Ever Really Loved a Woman?", do cantor e compositor Brian Adams, que foi tema do filme Dom Juan de Marco, estrelado por Johnny Depp e Marlon Brando. Tendo sido interrogado por uma amiga feminista sobre os motivos que me levaram a postar esse material no facebook, fui extremamente sincero e atencioso ao respondê-la: ao fazê-lo, não pretendi manifestar nenhum repúdio ao sexo feminino, nem tampouco levantar nenhuma bandadeira política. Mas ela insistiu no inquérito na tentativa de extrair a "verdade sobre os fatos". Julgou-me um machista egocêntrico, e responsabilizou-me pelo que chama de "ditadura do falo". Por fim, pediu para que eu publicasse sua análise sobre a música em questão no blog, pedido que atendo com prestatividade. Sendo assim, posto a seguir a resposta da feminista em questão - que preferiu manter-se no anonimato, e respeitosamente atendo a seu pedido. À letra traduzida para o português, seguir-se-à os comentarios dela, sempre clara e objetiva.
"Você Realmente Já Amou Uma Mulher?"
Comentário: A pergunta só pode ser mesmo retórica, já que responde a si mesma, dada a obviedade dos fatos: os homens são seres insensíveis, que pela sua própria natureza desconhecem o significado de tal verbo. Amar é um verbo inconjugável pelos homens, seres desprezíveis que só souberam humilhar as mulheres ao longo dos séculos, se agarrando à patética moral judaico-cristã, essa doença humilhante e escravista, e o discurso do senhor Brian comprova minha tese:
"Para realmente amar uma mulher, para compreendê-la
Você precisa conhecê-la profundamente por dentro
Ouvir cada pensamento, ver cada sonho"
Prega o dito popular, que "nem Freud explica as mulheres", o que é coerente e, apesar de tudo, perdoável: Freud pode ter sido um gênio, mas ainda assim, foi apenas um homem, nada mais. Não exijamos o que essa raça não pode dar: compreensão. Mas se nem mesmo um gênio pôde compreender as mulheres, o que dirá de ti, pobre Brian! Esqueça: não tente compreender o que está para além de qualquer possibilidade de compreensão. No mais, "ver cada pensamento, cada sonho"? É você uma espécie de oráculo ou coisa do tipo?
"E dar-lhe asas quando ela quiser voar
Então, quando você se achar repousando
Desamparado nos braços dela
Você saberá que realmente ama uma mulher..."
Notamos ai um Brian atencioso, fiel e constante, que declara seu desejo de libertar a mulher. Ele promete presenteá-la com "asas quando ela quiser voar". Mas o que fica subentendido àquelas que como eu conseguimos ler nas entrelinhas, é que toda essa melação - típica da hipocrisia machista - esconde os verdadeiros intentos do eu-lírico: aprisionar sua mulher, condená-la à escravidão do casamento, acorrentá-la à prisão da família, dos "bons costumes", e de toda a mentira vendida para as mulheres ao longo de dois milênios de cultura judaico-cristã patriarcal! Vocês duvidam de mim?! Duvidam?! Pois acompanhem meu raciocínio:
Refrão:
"Quando você ama uma mulher
Você lhe diz que ela, realmente, é desejada
Quando você ama uma mulher
Você lhe diz que ela é a única
Pois ela precisa de alguém
Para dizer-lhe que vai durar para sempre.
Então diga-me: você realmente, realmente
Realmente já amou uma mulher?"
Chegamos enfim ao refrão da música. É nesse momento que temos a ideia fundamental da música: observamos aqui que o senhor Brian Adams, tal como lobo em pele de cordeiro, atrai a fêmea para o cativeiro, sem se importar com seus sentimentos, numa atitude digna de um tirano. Ele afirma que o verdadeiro amor consiste em realmente desejar a mulher como se ela fosse a única, dizendo pra ela que é a única: mas qual é o fim objetivado por estes meios? Estrategicamente frisei os versos que dizem "Pois ela precisa de alguém para dizer-lhe que vai durar para sempre" (sic)! É isso mesmo, vocês não leram errado: essa letra de cunho machista, quer converncer-nos de que a mulher é um sexo frágil, uma presa por excelência, feita somente para o cativeiro vitalício, para a prisão perpétua do casamento e dos "bons" costumes. Mas quem disse que nós mulheres precisamos de um verme machista como o senhor, senhor Brian?! Ora, nós mulheres, já libertas da ditadura do "macho rei", não precisamos de falos dominantes para ditar ordens sobre o que precisamos ou deixamos de precisar senhor Adams! Ponha-se no seu lugar! Mas esse representante da ditadura machista não para por ai, ele ainda continua seu discurso cínico:
"Para realmente amar uma mulher, deixe-a segurar você
Até que você saiba como ela precisa ser tocada
Você precisa respirá-la, realmente saboreá-la
Até que você possa senti-la em seu sangue
E quando você puder ver, seus filhos que ainda não nasceram dentro dos olhos dela
Você saberá que realmente ama uma mulher"
Ao toque da fêmea cativa, responde o macho-rei: deixe-a segurar você até que você (ele) saiba como ela precisa ser tocada. Percebemos aqui uma fúria dominante típica da corja machista: o desejo de controlar totalmente a mulher, como se ela não passasse de um lixo, um mero objeto descartável em suas fétidas mãos que tem a onisciência de um deus soberano sobre o corpo feminino, à medida em que se julga sabedor do correto trato com a vassala. O desejo assassino beira o canibalismo, quando Brian sugere (metaforicamente?) que o homem deve "senti-la em seu sangue".
Esse verso, que chega a quase sugerir um ritual sacrificial onde a mulher serve como escrava aos objetivos crueis do homem, revela sua finalidade desumana nas frases finais da estrofe:
"(...) quando você puder ver, seus filhos que ainda não nasceram dentro dos olhos dela, você saberá que realmente ama uma mulher"
Eis então o único motivo desse jogo de controle pelo qual o macho-rei impõe à mulher o papel protagonista na história da humanidade: suportar por 9 longos meses um feto, mesmo indesejado, que depois servirá de prova do delito praticado pelo impiedoso macho que, não obstante, receberá os aplausos da alcateia patriarcal judaico-cristã: "parabéns papai, um lindo filho!" Mas me digam mulheres livres, emancipadas: precisam vocês de se sujeitar à prisão opressora da maternidade? E negar toda uma vida de prazeres carnais - sim, este tesouro antes reservado somente aos homens, e assegurado pela sociedade machista - em nome de um monte de um negócio que ele deixou na sua barriga? Afinal de contas, a barriga é sua ou dele?! Este vil representante da ditadura machista - sim, você mesmo, senhor Brian Adams! - envia um recado muito bem claro aqui à todas nós, mulheres do mundo: "só precisamos de vocês como depósito de porra!" Essa é a verdade nua e crua, verdade lúcida e auto-evidente que nenhum pseudo-romantismo de botique consegue mais esconder. Mas somos livres, lindas e donas de nosso próprio corpo, senhoras de nossa própria razão emancipada, e portanto não mais nos deixamos levar por esse blá-blá-blá machista barato! Ainda assim, o boçal, não contente com sua própria estultícia, continua:
"Você precisa dar-lhe um pouco de confiança
Segurá-la bem apertado, um pouco de ternura
Precisa tratá-la bem
Ela estará perto de você, cuidando bem de você
Você realmente precisa amar uma mulher. Yeah".
O senhor Brian Adams ensina nessa estrofe como enganar uma mulher. Prestem atenção e aprendam a não cair mais nessa estória da carochinha: ele recomenda que o algoz lance uma armadilha: "você precisa dar-lhe um pouco de confiança, segurá-la bem apertado, um pouco de ternura" (...) Percebe os indícios de um processo de tortura? O senhor Brian recomenda aos homens que apertem suas mulheres bem apertado, e promete que, agindo assim, "ela estará perto de você [do porco imundo machista!] cuidando bem de você".
Mas já nesse momento não mais nos deixamos levar pelo seu discurso falacioso, senhor Brian, discurso que apela à emoção para anestesiar a razão da mulher emancipada: somos legião! Não perdoamos! Nos vingaremos! Juntas venceremos! Mulheres do mundo: uni-vos!
Atenção: Este texto tem um caráter irônico. Se você, ao acompanhar a análise da música, concordou com o discurso totalitário da personagem feminista, sugiro que estude um pouco sobre o mito da opressão feminina e a mentalidade revolucionária.
Jeferson Torres
vc não sabe como é para um homem ler tal comentário, logo no fim de um relacionamento com a garota q mais amei em minha vida, pela unica mulher a qual já derramei lagrimas de amor, pois a garota em questão trata quem a ama como opção, e fere os sentimentos como a um animal, então não diga q todos os homens são iguais, pois não somos não, assim como vocês os homens tambem tem sentimentos.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEu sou feminista mas essa moça que se apresenta feminista em questão está paranoica, existe uma cultura patriarcal sim mas em relação a essa música seja lá qual fosse a letra ela está estaria criando teorias mirabolantes em cima. Só consigo perceber uma garota frustada, desfilando ódio aos homens sem preceitos.
ResponderExcluirMoça, respire fundo, se acalme e comece tudo de novo.
Feminismo é essencial para nós sim mas você está "caçando pelo em ovo".
Essa mulher do comentário precisa de um tratamento. No mínimo, a fruta de eu gosto( mulher) ela come até o caroço. Deve ter tido boas decepções com homens e está revoltada. Olha menina vc sabia que se não fosse o honem vc não teria nem nascido? Pra falar asneiras aqui? Procute se tratar e se libertar desse ÓDIO que não te leva a nada.
ResponderExcluir