Santo Agostinho: fallor ergo sum (duvido, logo existo). Descartes: cogito, ergo sum, (penso, logo existo). Em meio a fontes filosóficas, neurobiológicas e artísticas, eu ainda afirmo: sim, há o mistério. Duvido, pois, de tudo o que me dizem ser definitivo.
Tomo cuidado com as verdades ditas "científicas". Quem me dirá que a tese não será depois refutada ? Somos pó na estrada da evolução. Sopro de vida que logo esvaece em memória a se perder em meio ao eterno.
Eu assumo e afirmo: só sei que nada sei. Socrástico como só, agostiniano, se preferirem. Cartesiano, pois me procuro em meio a dúvida - não tão metódica quanto aquela, mas quase tão inquieta - e ciente de que sou tão infinito quanto mortal.
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