quarta-feira, 8 de maio de 2013

Lobão, Olavo de Carvalho e os intelectuais gostosões:


O conceito de "alienação", do léxico marxista, mas já agregado ao vocabulário cotidiano dos pseudo-intelectuais de botique que abundam no cenário acadêmico brasileiro, cabe bem para explicar o que ocorre com respeito a Olavo de Carvalho. Para Marx, a alienação é uma condição à qual está sujeito o proletário que, muito embora seja agente produtor dos bens de consumo, está alienado pelo sistema capitalista e, assim, não se vê na obra criada e comercializada que atende aos interesses do burguês. O que vivemos é uma situação em parte semelhante: aqueles que ecoam as opiniões da moda, que repetem os discursos que aprenderam com intelectuais orgânicos como Marilena Chauí, ou que ouviram por meio de nomes da MPB que assombram nossas mentes, só fazem repercutir o mais do mesmo e, assim, alimentam o mito do proletário rei que Lula conquistou para si e que grande parte de seus nécios seguidores fazem questão de perpetuar. Sendo assim, o indivíduo alienado, frustrado, e ignorante, repetindo o dito em filmes que romantizaram a imagem de Che, por exemplo, ao vestir vermelho e reclamar da opressão da burguesia, saboreia pelo breve instante de uma frase de efeito, o gosto da vitória: decrépitos brutais são eles, os cruéis senhores da direita opressora capitalista - diz o papagaio, sem saber-se, no entanto, papagaio e, por justamente na medida de seu não saber, crente na sua própria estupidez que toma como o inverso. E nessa marcha caminhamos, com intelectuais orgânicos (conceito gramsciano, pesquisem pra entender) que assinam historiografias tendenciosas e que, depois, se transformam na "versão oficial" dos fatos ensinada nas escolas. Com efeito, temos  o culto a psicopatas que, como esses que agora os louvam, usavam rolex, mas fingem compaixão com a classe operária, essa estranha entidade que eles não conhecem de fato, mas insistem em reduzir a estatísticas dúbias e usar esses números como engrenagens de um sistema que solidifica a tragicomédia da política moderna: conquistar o poder e garantí-lo a qualquer custo. Não é de se estranhar que em nosso tempo, uma voz como a de Lobão seja sacrificada pelo "politicamente correto" e pela alcateia adestrada da esquerda: é a tentativa de calar o solitário lobo, ovelha negra, pela espiral do silêncio: é o mesmo que tem sido feito desde um bom tempo com o jornalista, filósofo, ensaísta e professor de filosofia Olavo de Carvalho.

Ver:

http://www.olavodecarvalho.org/semana/110324dc.html

e

http://www.olavodecarvalho.org/semana/110407dc.html


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