Caetano, só ele poderia musicar a poesia de Castro Alves com tal maestria. Trata-se de uma das faixas do álbum Livro, cujo título traduz muito bem seu conteúdo. Dentre as peças que constituem este volume, encontramos Manhatã - onde o cantor fala da ilha americana com um sotaque brasileiro inconfundível - a faixa título, e Navio Negreiro, onde divide espaço com Maria Bethânia.
Escrevo esse post sob um nublado céu da metrópole paulistana. Para cá muitos migraram, como os negros de Angola, não em navios negreiros, mas em ônibus lotados vindos do nordeste, do interior do estado, de várias partes deste imenso país. Existem vários Brasis dentro do Brasil. Existem várias São Paulos dentro de São Paulo, cidade multicolor, um quebra-cabeças cultural, multi-étnico.
Mas a ideia de postar o vídeo não se dá por conta da pauliceia desvairada. É pura vaidade. Gosto de Caetano, somente. Além do mais, não foi ele um dos novos baianos que para cá também migraram na louca década de sessenta ? Mas este não é o vínculo que traço para decidir postar este video-clipe no blog. Gosto de Caetano, somente. Deveria haver alguma outra razão ?
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