sexta-feira, 8 de junho de 2012

De pés descalços e alma lavada:






Na noite do dia sete de junho de 2012 - quero registrar essa data para posterior recorrência - tive o prazer de um privilégio: assisti "De pés descalços", do grupo Morpheus Teatro. O homem de 27 anos e óculos de grau sobre o nariz que sou eu, voltou a ser criança durante aquele tempo no tempo em que brincamos juntos, eu de cá, eles de lá, mas juntos, porque a quarta parede é uma mera conveniência que nessa apresentação se rompeu como não poderia deixar de ser.

Os bonecos ganham vida pela vida dessa gente: Verônica, Yuri, Luana, Daniela e João. Mas esses todos são um quando em comunic-ação no chão de madeira ou no tanque de areia sobre o palco. Quem brinca com a gente é Florência e Rodolfo, dois bonecos crianças que se conhecem, se reconhecem e constroem juntos um namoro de criança, infantil, inocente, simples e edificante. O boneco nos estranha por sua mortalidade por outrem animada, que nos lembra em seu silêncio que nós também somos feito de tempo, e como o boneco, frágil, uma criança, mesmo quando crescida. 

Rodolfo e Florência aprendem juntos valores elementares: a importância da amizade, doar e receber: con-viver. Ah! E o gostinho de pés descalços na areia! Com eles, aprendemos que ainda somos meio crianças, e podemos ouvir essa criança com atenção e respeito. 

Obrigado ao Morpheus Teatro pelo encontro. E bons encontros pelo tempo.


Se não compreenderam o que quis dizer com tudo isso, resumo: se ainda não assistiu "Pés Descalços", do Morpheus Teatro, e tiver a oportunidade de assistir, ASSISTA !!!!!